Trump indica Brendan Carr para regular telecomunicações

por Lusa
Brendan Carr, ao centro na foto, vai regular telecomunicações "à moda" de Trump Jonathan Newton - EPA

O presidente eleito dos Estados Unidos da América, Donald Trump, escolheu Brendan Carr, o principal representante republicano na Comissão Federal de Telecomunicações, como novo presidente do regulador da radiodifusão, das telecomunicações e da Internet.

Carr é há muito membro da comissão, conhecida por FCC, a sigla em inglês, e desempenhou anteriormente as funções de conselheiro geral da agência.

Foi confirmado por unanimidade pelo Senado, a câmara alta do parlamento dos Estados Unidos, por três vezes e foi nomeado por Trump e pelo atual presidente Joe Biden para o regulador.

A FCC é uma agência independente, apesar de estar sobre a supervisão pelo Congresso, mas Trump sugeriu que queria colocá-la sob um controlo mais apertado da presidência, em parte para usar o regulador para punir as televisões que acusou de cobertura tendenciosa.

Carr escreveu uma secção dedicada à FCC no Projeto 2025, um programa governamental desenvolvido pelo grupo ultraconservador Heritage Foundation, que prevê um enorme corte na função pública e o desmantelamento das agências federais.Carr e Trump em sintonia

Num comunicado a felicitar Trump pela vitória eleitoral, Carr disse acreditar que "a FCC terá um papel importante a desempenhar no controlo das grandes tecnológicas, garantindo que as emissoras operam no interesse público e desencadeando crescimento económico".

"O comissário Carr é um guerreiro pela liberdade de expressão e lutou contra o 'lawfare' (uso de legislação como arma para alcançar um fim político-social) regulatório que sufocou as liberdades dos norte-americanos e atrasou a nossa economia", disse Trump.

"Vai acabar com o ataque regulatório que tem paralisado os criadores de emprego e os inovadores da América e garantirá que a FCC satisfaz as necessidades rurais da América", acrescentou o republicano, num comunicado divulgado no domingo.

Carr beneficiou do apoio do magnata Elon Musk, dono da rede social X (antigo Twitter), nomeado por Donald Trump para dirigir uma comissão para a "eficiência governamental".

 

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